Conexão humana: Minha jornada no curso de analista de marketing

Após um longo período de isolamento imposto pela pandemia, as coisas nunca mais voltaram ao normal. Ao menos para mim. Já tem quase 2 anos que as restrições não são mais obrigatórias, mas o mundo ficou e está diferente. Os trabalhos são pontuais e o home-office se tornou e se torna mais presente, no meu caso, quase que a totalidade da atividade laboral. A oportunidade de participar de um curso presencial de analista de marketing surgiu como um farol de normalidade e muito despretensiosamente, em um mar de incertezas. Durante quase três semanas intensas, mergulhei em uma experiência que transcende a mera aquisição de conhecimento técnico; foi uma jornada de reencontro com a essência da sociabilidade humana.

Antes da pandemia, minha vida acadêmica era pautada pelo respeito à diversidade e pela riqueza de escutar outras histórias de vida. No entanto, o distanciamento social fez com que esses valores se perdessem no vórtice do mundo virtual. O curso presencial me lembrou de que, embora o conhecimento possa ser buscado online, nada substitui a troca de experiências e a construção de relações interpessoais.

O retorno ao presencial, frequente e contínuo (pela primeira vez para mim) não foi sem desafios. Lembro-me particularmente de um dia de chuva, onde o cinza do céu parecia refletir as sombras da dúvida. No entanto, a chuva também trouxe consigo uma sensação de renovação e a promessa de um recomeço. Quando foi que comecei a perceber a chuva como algo ruim ou impeditivo? Não lembro. Foi um lembrete de que, assim como a chuva nutre a terra, os desafios nutrem nossa resiliência.

O curso foi um microcosmo da sociedade, com colegas de diferentes idades, experiências de vida, profissões, crenças religiosas e origens geográficas e culturais. Cada um trazia consigo suas próprias superações de problemas emocionais diversos, suas inibições e aspirações futuras. Aprender com essa diversidade foi uma lição inestimável sobre a riqueza do tecido social.

Ao final do curso, ficou claro que, mais do que ferramentas e estratégias de marketing, o que levarei para a vida são as conexões humanas que estabeleci. (Re)aprendi que a empatia e o convívio com o diverso são habilidades tão ou mais importantes que o conhecimento técnico. Essa experiência reforçou a crença de que a verdadeira aprendizagem vem da interação humana, algo que nenhum ambiente online pode replicar completamente.

Este artigo é um convite à reflexão sobre o valor das relações humanas e a importância de nos reconectarmos com o outro, especialmente em um mundo que parece cada vez mais digital e distante. Que possamos valorizar cada encontro, cada história compartilhada, pois é na diversidade e na troca que encontramos o verdadeiro sentido da vida.

Que ganhemos ($)  muito no digital, mas vivamos no real!

Grande abraço!


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